"O escritor é uma das criaturas mais neuróticas que existem: ele não sabe viver ao vivo, ele vive através de reflexos, espelhos, imagens, palavras. O não-real, o não-palpável. Você me dizia "que diferença entre você e um livro seu". Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos. Alguns estranhos."

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo." Paulo Coelho



Nem sempre se pode sonhar
Com aquilo que não se pode ter
Mas que regra mais idiota
Pois quando a gente sonha
É exatamente com o que não temos
E quase sempre
Com o que mais queremos
E o meu controlador de sonhos
Anda meio encabulado
Eu quis tantas coisas esse ano
Mas quase tudo ficou jogado
Às traças do meu coração
Que esconde sonhos irrealizados
Mesmo assim eu não esqueço
As promessas que eu fiz para mim
Não quero me desapontar
Mesmo assim eu não me canso de querer
O que é bom pra mim
E quando menos se percebe
O tempo passa como febre
E aquele sonho que parecia
Tão jovem e moderno
Não passa de um retrato na lembrança
Não passa de um desejo de criança
E como fruta que amadurece
E necessita de alguém que coma
A sua polpa que por dentro cresce
Lhe dando corpo e aroma
Os sonhos também apodrecem
Se com o tempo ninguém os reclama
Mesmo assim eu não esqueço
As promessas que eu fiz para mim
Não quero me desapontar
Mesmo assim eu não me canso de querer
O que é bom pra mim
Não importa se ficar
Como algo que ficou
Para se realizar
Mas não vingou
Mesmo Assim - Biquini Cavadão